Propósito e Fortalecimento da Cultura Organizacional

Uma cultura forte e coesa é a maior riqueza de uma organização. Pilar insubstituível para conquistarmos a confiança das pessoas com as quais nos relacionamos. A cultura é a tradução de um propósito compartilhado.

O propósito promove o sentimento de pertencimento e motivação. Quem no seu trabalho encontra, congrega e conecta o seu propósito com o da organização, tem a oportunidade de levar a vida de modo integrado, feliz e, por consequência, próspero e abundante em resultados.

O propósito responde a uma pergunta essencial que antecede a tudo. Por quê? Por que estamos aqui? Por que existimos? Por que nossos clientes são nossos clientes? Por que as pessoas compram o que vendemos? Por que nossos funcionários são nossos funcionários? Com o que nos importamos? Quando a resposta a esse porque é capaz de inspirar, floresce uma potente conexão, um sentimento de confiança e segurança.

Quando líderes e organizações têm clareza de seu propósito e inspiram as pessoas, elas lhes seguirão nos bons e maus momentos, não apenas agora, mas por logo prazo. As pessoas escolhem continuar fazendo parte. Ter clientes e funcionários que escolhem ser fiéis, reduz custo, aumenta receita e nos traz paz de espírito.

Quando não somos capazes de inspirar, nos resta reclamar, justificar, procrastinar, manipular, ludibriar, seduzir com propostas, promoções, descontos, campanhas, brindes, preços baixos e ameaças. Quando a manipulação predomina, ninguém ganha no longo prazo.

As pessoas desejam pertencer e fazem esforços irracionais para isso. Existem coisas que sentimos mas não sabemos exatamente explicar o porquê. São as decisões do coração, da intuição. Sentimos que é a coisa certa a fazer. Se clientes pagam o preço da diferenciação e se fidelizam a uma marca com causa, imagine o que acontece quando os funcionários de uma empresa se conectam da mesma forma? Funcionários e clientes conectados com o propósito nem escutam propostas da concorrência. Se existem fã clubes de clientes, imagine o que acontece quando existem fã clubes de funcionários?

Dito tudo isso, podemos compreender que o propósito de uma organização e propósito pessoal são importantes para aprimorar nossa liderança, fortalecer nossa cultura corporativa, nortear nossas contratações e promoções (quem vem fazer parte e quem continua fazendo parte), o desenvolvimento de produtos, as premissas de vendas, a comunicação e principalmente as decisões e feedbacks junto aos times. Um propósito claro e forte pode inclusive se tornar um movimento social no sentido de uma influência que transcende os limites organizacionais.

Os produtos e serviços existem para dar vida ao propósito, os comportamentos idem. As relações dão vida à nossa causa. Traduzem em que acreditamos. Exemplo: Apple, Harley-Davidson, Disney.

A necessidade de pertencer não se explica com argumentos racionais e sim com a linguagem emocional. E as pessoas percebem quando a causa é real ou quando ela é fake.

O nosso propósito deve estar refletido em nossas ações e decisões diárias, sustentando o que está estampado no site, o que é dito no processo seletivo, na integração, na comunicação publicitária, no argumento de venda, na tradução das prioridades estratégicas, nos valores da organização. E para que isso aconteça, um grande trabalho de fortalecimento da cultura precisa acontecer todo santo dia, sob a batuta dos líderes.


O que fazemos traduz o nosso propósito. Uma coisa reflete a outra! O que dizemos e fazemos precisa provar aquilo que acreditamos (o propósito). Se o que fazemos está alinhado com o que acreditamos, as pessoas não terão a menor dúvida em caminhar conosco, em permanecer conosco, em fazer negócio conosco.

Não basta mais ter bons produtos, muito tempo de empresa, liderança de mercado, solidez financeira. É preciso ter um argumento que inspire as pessoas a entrar, provar, conhecer e ficar. E quando falamos pessoas são todas as pessoas com as quais nos relacionamos. Não é coerente e autêntico, tratar super bem o consumidor final e não manter o padrão de relacionamento com os fornecedores, com os funcionários, terceiros e a comunidade em geral. Ser autêntico é saber equilibrar tudo isso, fazer valer seu propósito refletido na cultura organizacional.

Ana Líva Rangel

Fundadora da ALR Desenvolvimento Organizacional e Consultoria

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